domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vida de gado!

Além de disperdiçar 02:00 horas diárias para deslocar até seu trabalho. O cidadão de bem convive com o desrespeito e humilhação de ser transportado como gado dentro de ónibus e trens da maior cidade da América latina. E o irõnico de tudo é que nossos "formadores de opinião" constantemente responsabilizam os próprios cidadãos por terem a ousadia de ambicionar uma vida digna pra sí e seus familiares. O povo sempre é o culpado por enrabar e ser enrabado no transporte público. É responsável pela má coleta de lixo embora pague IPTU! É culpado por tirar o carro da garagem embora pague IPVA e pedágios! É responsável por ser furtado! É simplesmente culpado por ter nascido pobre!
Nossos "formadores de opinião" ponderam de forma medieval e secular. Tão secular como a crença de que a escravidão foi por culpa dos próprios negros e o massacre indígena nas Américas por conta da falta de interesse dos selvagens pelo trabalhado.  
Já que nossos reacionários travestidos de liberais morrem de amores pela iniciativa privada, porque então não renumerar o trabalhador a partir do momento em que o indivíduo se desloca de seu lar. Não é desta forma que a economia de mercado olha para o indivíduo? 
O fato é que políticos, lobistas e empresários (braço financeiro de campanhas políticas) estão pouco interessado em compartilhar com o cidadão benefícios que produza dignidade. Preferem mante-los ocupados com novelas e BBBs e assim longe de assuntos que elucidam e aponte de forma transparente os responsáveis pelo tratamento desumano em que os paulistas são submetidos no dia a dia.
As discussões como redução das horas de trabalho propiciaria mais tempo para o lazer e estudos. A descentralização das áreas comerciais melhoraria o trânsito e o transporte público. E o mais importante é que a população não pode ficar eternamente com o ónus da fatura emitida pela promiscuidade entre políticos corruptos e empresários corruptores. Chegou a hora do governo e empresários de SP deixarem de tratar o povo paulista como "Marionete de Shopping" e começar a dar os primeiros passos para a humanização do Estado.


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